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Santa Maria da Boca do Monte (6ª parte) - Economia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Pois bem, retorno à saga que por ora me dedico a escrever. O texto a seguir, tem como objetivo descrever a matriz econômica de nossa querida cidade. Mesmo que, o momento da economia local e mais a saúde, não estão muito bem, vamos ao tema proposto, até porque conhecendo nossas origens, poderemos buscar soluções para o nosso futuro.

O primeiro grande ciclo econômico da cidade é o polo ferroviário, e pasmem, ele foi efetivado aqui com grande força, devido a eventos econômicos ocorridos no Estado naquela época, a partir de 1885. O Rio Grande do Sul, no inicio do século passado era muito forte na cultura da pecuária, e principalmente, no Sul do Estado. As cidades de Pelotas e Rio Grande eram potencialmente mais concentradoras da riqueza, bem como da geração de ofertas de trabalho e de renda e de crescimento vegetativo da população. Isto é, dada à concentração de uma atividade, a especialização - da pecuária -, se sucedeu. Porém, em outras regiões do Estado a economia iniciava-se um ciclo de diversificação.

Então, a região Norte e de Porto Alegre começam a se diferenciar e receber os aportes para novos serviços, e, consequentemente, o desenvolvimento da logística férrea no Estado inicia-se o seu processo de desenvolvimento. Aí que entra Santa Maria, dada à necessidade da época por mais logística e diversificação, e pelo seu potencial ponto logístico no Estado, se construiu um polo ferroviário aqui. E Santa Maria como Cacequi foram importantíssimas neste processo de transporte na época.

Eis, então, a mudança para a Santa Maria, de uma cidade onde viviam pequenos comerciantes, empregados das fazendas, ou seja, uma mão de obra mais simples passa-se a ter uma linha férrea, e sendo assim, mais trabalho qualificado e um novo desenvolvimento local. Foi uma grande alteração na naquela época, autarquias públicas se instalavam, como também, engenheiros, técnicos e um novo ciclo de comercio e serviço. Logo, um novo ciclo econômico nasce em Santa Maria.

Por volta de 1960, um novo ciclo se inicia em Santa Maria, com a construção da UFSM, marca-se assim como sendo a segunda matriz por aqui. Com a Universidade, inicia-se o novo ciclo, ou seja, a outra matriz econômica. Em Santa Maria se consolida como uma cidade de matriz de consumo. Os militares, por exemplo, ganham força e vários quarteis se instalam na boca do monte. O retrato da época, e até hoje, são de muito comercio e serviço qualificado. Muita coisa muda com a UFSM, principalmente, o crescimento urbano, novos bairros, mais migrações para cá. O polo educacional se consolida e fortalece mais ainda a matriz de consumo, com serviços e comércios diversificados e com vários subsegmentos.

Por conseguinte, de uma forma objetiva, caracterizei as duas matrizes econômicas de Santa Maria. A mais duradoura, a segunda, a matriz de consumo educacional persiste até hoje. E como consequência desta última temos, hoje, uma forte economia pública. É claro, que, hoje e sempre, paralelamente as essas matrizes, outras tendências surgem e se consolidam aqui. No entanto, as bases de nossas origens econômicas e o porquê de muitos de nós estamos aqui são as duas matrizes.

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